XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Lâmpada acesa
Sab 18, 6-9 / Slm 32 (33), 1.12.18-20.22 / Hebr 11, 1-2.8-19 / Lc 12, 32-48

«A fé é a garantia dos bens que se esperam e a certeza das realidades que não se veem», diz-nos este domingo o autor da epístola aos Hebreus.
A fé é dom de Deus, um dom frágil, que necessita de cuidado. Por vezes caímos na tentação de desejar uma fé de pedra, imune à passagem do tempo, desta feita caindo em duas ilusões: a primeira, de que as pedras são desta forma, quando não o são; a segunda, de que seríamos felizes vivendo a fé assim.
O nosso Deus é-nos revelado pelo homem Jesus. É Ele o centro da nossa fé e não uma ideia ou uma força. Acreditar que o Filho de Deus feito carne é a imagem do Pai e aquele através do qual receberemos o Espírito Santo é assumir que a fé é relação com Deus e com a comunidade.
A fé não é uma coisa que nos pertence: é um dom sempre renovado, constantemente atualizado em cada gesto, em cada palavra e em cada oração.
Daí o apelo de Jesus, no Evangelho deste dia, a que estejamos vigilantes, como quem espera de rins cingidos e com as lâmpadas acesas, isto é, prontos a partir e capazes de perscrutar as sombras.
A fé não nos pertence; somos nós quem pertence à nossa fé.
Revisitemos este domingo, iluminados pela primeira leitura, os nossos irmãos na fé, o povo judeu exilado no Egito. Recordemos a sua história de libertação. Revivamos, nos nossos corações, a paciente espera pela chegada do Messias e a prontidão para partir rumo à Terra Prometida. Destas duas atitudes, espera e prontidão, depende a nossa felicidade de cada dia, pois só assim podemos responder às necessidades do nosso coração e dos nossos irmãos.
Esta fé à qual pertencemos com os nossos irmãos em Cristo é permanência no amor.
Assumamos que pertencemos a uma história maior, que começou na criação, e permaneçamos atentos à passagem do Senhor. Jesus vem, passa e chama-nos em cada um dos nossos dias.
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa
https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1784